Superbactérias???
Não, não são bactérias super
musculosas, mas sim, bactérias que adquiriram resistência a antibióticos ao
longo do tempo. Quando temos alguma infecção seja de garganta, urinária,
sinusite, o médico receita um antibiótico, a pessoa toma o medicamento e então,
melhora. O que muitas vezes acontece é que a pessoa por conta própria compra o
antibiótico e faz uso indiscriminado dele ou toma de maneira incorreta, parando
antes do tempo estipulado pelo médico. Quando isto acontece, existe a
possibilidade de algumas bactérias sofrerem uma mutação genética adquirirem
resistência, a partir disso, ao se reproduzirem elas irão transferir o gene
resistente para as demais. Certo tempo depois, o antibiótico já não fará mais
efeito, e isso é perigoso, pois, a quantidade de antibióticos desenvolvidos no
mundo é limitado e nem todos servem para destruir todos os microrganismos.
Os antibióticos formam
um tipo especial de medicamentos que agem contra os microrganismos podendo
inibi-los o destruí-los de diversos modos:
- Inibindo a formação da parede celular;
- Lesando a membrana citoplasmática;
- Interferindo com a síntese protéica;
- Inibindo o metabolismo dos ácidos nucleicos.
Os hospitais, principalmente os centros
cirúrgicos, necessitam de um rigor para o controle de bactérias. São nos
hospitais que pacientes adquirem a infecção hospitalar que se não for tratada
inicialmente pode levar o paciente a óbito. Hospitais são locais que propiciam
a instalação e o desenvolvimento de superbactérias por uma série de fatores:
- Uso de diversos tipos de antibióticos promovendo a resistência de bactérias;
- Pacientes com o organismo debilitado, são os mais suscetíveis a adquirirem uma infecção hospitalar, pois estão doentes ou passaram por cirurgia;
- Falta de procedimentos de higienização do centro cirúrgico e desinfecção de instrumentos cirúrgicos ou até mesmo dos cirurgiões ou integrantes de sua equipe;
- Lavagem das mãos feita de maneira incorreta.
Exemplos de algumas
superbactérias:
- KPC (Klebsiella
Pneumoniae Carbapenemase) - é uma das mais comuns na atualidade. O contágio
é feito através de contato com secreções e o ambiente hospitalar, que não segue
normas de desinfecção. Pode causar pneumonia, infecções no sangue e no sistema
urinário entre outros problemas. Caso não seja combatida de forma correta, pode
gerar um quadro de infecção generalizada, levando o paciente infectado à
morte. Há casos no país de pessoas que foram ao óbito após serem
infectadas pela KPC.
- Staphylococcus
aureus - causadora de infecções no sistema respiratório e na
pele.
- Enterecoccus -
causadora de infecções no sistema urinário e nas válvulas do coração.
- Proteus -
causadora de infecções no sistema urinário e nos intestinos.
- Streptococcus -
causadora de infecções no sistema respiratório.
Dicas
importantes:
- Antes e depois de
entrar em contato com uma pessoa doente, lavar muito bem as mãos com
sabão;
- Tomar antibióticos
somente com prescrição e acompanhamento médico. Não interromper o tratamento,
mas se precisar fazer por algum motivo (alergia ou efeitos colaterais),
comunicar o médico;
- E para os que
trabalham em hospitais: fazer de forma rigorosa e eficiente todos os
procedimentos de higienização e desinfecção.
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