terça-feira, 28 de abril de 2015

O lado bom dos microrganismos!

Será que os microrganismos oferecem a nós, seres humanos, somente malefícios??? Para muitas pessoas as palavras germe e micróbio representam um grupo de criaturas minúsculas que somente causam doenças aos animais e aos seres humanos, para estas pessoas, os microrganismos estão associados somente à doenças graves (gripe, pneumonia, tétano, sarampo, entre outras) ou inconvenientes comuns como a deterioração de alimentos (bolores, alimentos estragados e azedos). 
Os micróbios, também chamados de microrganismos, são formas de vida muito pequenas para serem visualizadas a olho nu, sendo somente observadas através de equipamentos especiais denominados microscópios.
Contudo, vale lembrar que a maioria dos microrganismos não são patogênicos, ou seja, não são causadores de doenças, mas sim, contribuem de modo essencial na manutenção do equilíbrio dos seres vivos e do ecossistema como um todo.
Sobre a nossa pele vivem milhões e milhões de bactérias, elas nascem, se reproduzem e morrem e convivem conosco em perfeita simbiose sem nos causar nenhum tipo de mal e na verdade, elas são até importantes, pois, impedem a colonização de bactérias externas patogênicas.
Nosso intestino grosso, por exemplo, possui uma característica particular, pois, ele hospeda uma quantidade enorme de bactérias. Isto não é um motivo de alarme, pois, a maioria das bactérias presentes no intestino grosso é inofensiva. Alguns animais - os herbívoros ruminantes - dependem das bactérias em seus intestinos para suas próprias sobrevivências. A característica principal dos ruminantes é o consumo de vegetais (celulose) mas, como não possuem um sistema enzimático dotado de celulase (enzima responsável pela quebra da celulose), estes necessitam de um conjunto de microrganismos que façam a digestão destes vegetais. Estes microrganismos são bactérias e protozoários que fermentam, no rúmen, a celulose produzindo ácidos orgânicos (acetatobutirato e propionato) que são assimilados pelo ruminante para obtenção de energia.
As bactérias do gênero Rhizobium vivem em simbiose em nódulos das raízes de leguminosas como o feijão e a soja promovendo a fixação do nitrogênio atmosférico (N2), transformando em sais de nitrogênio que são utilizados pelas plantas.  
Os fungos e bactérias decompositoras ou saprófitas atuam na natureza degradando a matéria orgânica morta e transformando-a em matéria inorgânica simples, que pode ser reaproveitada por outros seres especialmente as plantas.
Os microrganismos também possuem muitas aplicações na indústria alimentícia sendo utilizados na fabricação de queijos, pães, cervejas e vinhos. Além disso, é possível através de bactérias sintetizar substâncias de grande importância terapêutica como a insulina. A produção de insulina só é possível em virtude de técnicas de biotecnologia. Com esta técnica é possível introduzir no DNA bacteriano, um fragmento do DNA humano responsável pela síntese de insulina. A bactéria então, iniciará a produção de insulina  que depois pode ser purificada através de técnicas bioquímicas.
Quando você se sentir triste e ficar sozinho em seu quarto, lembre-se que você nunca estará só, milhões de seres pequeninos estarão juntinhos de você, fazendo companhia que muitas vezes, é benéfica para o funcionamento do seu organismo.

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